Se você já ouviu falar superficialmente em ABA, pode, erroneamente, acreditar se tratar apenas de um método, porém vai muito além disso.

ABA é a abreviação de Applied Behavior Analysis, em português conhecida como Análise do Comportamento Aplicada, é uma ciência com origem a partir do Behaviorismo (Análise do Comportamento), que observa, analisa e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem.

ABA é uma abordagem da psicologia que se baseia em mais de 50 anos de pesquisas científicas básicas e aplicadas.

A aplicação de ABA pode se dar em diversas áreas, tais como empresas e escolas, e podem abranger diferentes populações. Porém a ABA é frequentemente relacionada ao tratamento para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso ocorre devido à enorme gama de pesquisas com comprovação científica, que inclui participantes com TEA.

A intervenção ABA não é algo estanque, ou seja, é um tratamento específico e planejado de acordo com as necessidades de cada indivíduo. Os programas estão em constante mudança, sempre buscando a maneira mais efetiva de transformar repertórios comportamentais individuais.

Após a realização de uma avaliação inicial, uma lista de objetivos é definida pelo profissional com base nas habilidades do indivíduo. O ensino de novas habilidades ou a extinção de comportamentos indesejáveis, muitas vezes, fazem parte dessa lista de objetivos a serem alcançados.

Os programas que serão efetivamente seguidos, dependem de cada indivíduo em particular, mas geralmente são amplos, cobrindo as habilidades acadêmicas, de linguagem, sociais, de cuidados pessoais, motoras e de brincar.

A intervenção precoce é importante, mas a ABA pode beneficiar também crianças maiores e adultos. O tratamento é efetivo,  embora não seja milagroso e nem rápido. O envolvimento da família, bem como de todos os profissionais que acompanham a criança em questão, são importantes variáveis facilitadoras do progresso.

Primeira entrevista/Anamnese: na primeira entrevista, os responsáveis da criança terão uma reunião presencial com a terapeuta comportamental responsável pelo caso e com a supervisora, em que serão coletadas as informações sobre o desenvolvimento da criança, histórico médico, rotina e demanda da família, além do preenchimento de questionário padronizado.

Avaliação das habilidades: a terapeuta comportamental fará algumas sessões de avaliação direta com a criança no consultório, onde poderá aplicar protocolos padronizados para avaliação de repertório e possíveis problemas de comportamento, bem como em contextos naturais da vida da criança como escola e residência, para obter mais dados sobre como a criança se comporta nesses contextos. Um dos protocolos utilizados na avaliação é o VB-MAPP, que propõe uma avaliação sistemática do repertório verbal da criança para determinar quais habilidades específicas estão presentes ou ausentes. A avaliação residencial e escolar exige manutenção em frequência e periodicidade a serem definidas conforme o indicado para cada caso.

Análise de dados: a partir das avaliações nos três contextos, a terapeuta elabora o relatório e os procedimentos de ensino (programas) que serão aplicados com a criança pela terapeuta comportamental.

Devolutiva: depois das três primeiras etapas serem concluídas, na devolutiva, a terapeuta comportamental e a supervisora entregam o relatório resultante da análise dos dados aos responsáveis e apontam os principais pontos que serão trabalhados em terapia. Nessa etapa, também são definidas a frequência e a duração dos atendimentos e os próximos passos a serem seguidos.

Definição dos objetivos de ensino: após a avaliação das habilidades e análise de dados, um Plano Educacional Individualizado (PEI) é elaborado com os principais objetivos terapêuticos a serem trabalhados na intervenção.

Intervenção: após a discussão dos resultados da avaliação, a equipe multidisciplinar define o melhor formato de intervenção para a criança. Geralmente, a intervenção é composta por atendimentos na clínica, em casa e/ou na escola. São realizadas reuniões periódicas com a equipe de profissionais que atendem a criança, reuniões com a equipe escolar e orientação parental.

A avaliação comportamental consiste nas seguintes etapas:

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  • Primeira entrevista/Anamnese
  • Avaliação das habilidades
  • Análise de dados
  • Devolutiva
  • Definição dos objetivos de ensino
  • Intervenção

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